domingo, 29 de março de 2009

Dia a dia

Kaif tá melhor. Graças a Deus, ao NAN Soy e ao Dr. Francisco!

E graças a nossa dedicação, minha e do Victor, também claro.
:)

quarta-feira, 25 de março de 2009

Desabafo

Kaif tá doente. Vomita tudo o que come. Não sabemos a gravidade do problema, só que ele existe. Estamos tentando de tudo pra ver se melhora e nada ainda. O que me leva a pensar que não sei se estava preparada para ser mãe, mas que agora que sou não posso perde-lo de jeito algum. Pode parecer um pensamento drástico, mas lá no fundo faz sentido, vista a fragilidade de uma coisinha pequenina dessas.
Pode até ser que seja o cansaço ou a preocupação, ou mesmo os dois acumulados. Provavelmente o é. Mas pensamentos são assim... pelo menos na minha cabeça. Quando surge um pesamento, surge outro e outro e outro e daqui a pouco estou longe do que pensei a princípio. E assim pensei que não quero perdê-lo, que não POSSO perdê-lo.
Não sei lidar com a morte. Nunca perdi ninguém significativo ou proximo além do meu gato Athila, que era como um filho pra mim e me culpo até hoje por isso e, semana passada, um amigo de adolescência, o Leandro, que cometeu suicídio.
Isso me fez pensar que também não quero perder minha mãe. No quanto a simples presença dela é importante pra mim. Mas ela não se cuida. Não zela por sua saúde física e mental. Assim como meu pai, que além de não se cuidar ainda faz de tudo que não deveria.
Penso no pai do Victor, que é exatamente como meu pai, só que com o agravante de ter um filho pequeno pra criar. Pensei que o Victor também não vai saber lidar com isso e que mesmo assim nenhum deles (pais) se importa em se cuidar, um pouquinho que seja, para ter certa qualidade de vida e ao menos tentar aumentar sua permanência com os seus.
Mas pensei então: "e eu me importo? algum dia me importei em me cuidar pelos que amo?" Acho que não.
No final das contas a verdade é que cada um só faz por si mesmo e se por acaso não morrer, vai vivendo. Isso ameniza um pouco a minha angustia. Saber que cada um vive do jeito que quer e que quando morrer terá sido devido às suas proprias escolhas.
O que me leva a pensar ainda em tudo o que a mamãe deixou de fazer, por ter medo de arriscar ou por ter a mania de dar importancia pro que não tem importancia.
Pensei em tudo que o meu pai FEZ da vida. Todas as escolhas erradas e consequencias que ele é obrigado a carregar nas costas.
Penso no meu padrasto que nunca foi nem como minha mãe nem como meu pai, mas que descobriu ter um aneurisma no coração e então, ao contrario dos outros, começou a se cuidar de verdade. A fazer de tudo para permanecer aqui. Mas que por problemas congênitos também pode morrer subtamente.
Penso na tia Thais que teve um infarto, não morreu e que depois disso passou a não se estressar com nada - até com o que deveria. Mas que nunca deixou de beber e nem de fumar (nem quando estava grávida e mesmo assim tem 3 filhos completamente saudáveis). Aí lembro da tia Lilian que também não tem o mínimo cuidado consigo mesma mas que ainda não sofreu um baque forte.
É como um email que, em resumo, tentava provar por A+B que quem se cuida muito vive pouco, ao contrário dos bons-vivants.
Aí penso: "pra que tudo isso? pra que tantas privações, tantos cuidados, se a vida é imprevisível?"
Como a vida é complicada! Qual é o caminho certo afinal?
Meus avós morreram antes de eu nascer. Minhas avós estão aqui. Ambas chegando as 80 anos, mas com históricos bem diferentes. Resumindo: A vó Nely já teve milhões de problemas de saúde, mas superou todos até agora. A vó Chloé nunca tem nem gripe. E pelo que diz a lógica, gente assim, quando adoece, é só uma.
Pensei então que não estou preparada para ficar sozinha. Que não sei lidar com a morte e que apesar de eu e o Victor estarmos segurando praticamente sozinhos a barra do Kaif, que não estou em condições de segurar a barra de perder ninguém agora.
Não vou nem falar do medo de perder o Victor que isso daria outro post gigante como esse.
Isso tudo me fez pensar também que talvez eu não tenha nascido pra ser uma mulher moderna. Cuidar de filho, de marido, de si mesma, da casa, trabalhar fora e ainda estar preparada pro que der e vier... Isso está tão longe pra mim. Eu e Victor estamos sendo pais em tempo integral, um com a ajuda do outro e mesmo assim quase não estamos dando conta... Imagine o resto!
É... acho que vou parar por aqui e quem sabe guardar o resto dos pensamentos e escrever um livro.
Até

quinta-feira, 12 de março de 2009

Lost in transition

Os dias tão passando rápido demais. Não tem dado tempo pra pensar direito. Minha cabeça está cheia de tudo: problemas, horários, vontades, responsabilidades, possibilidades, necessidades, obrigações, carências, frustrações... e eis que nessa hora tudo se embaralha e viro um parafudo. "I'm spinning... oh oh ohhhh... I'm spinnig..."

terça-feira, 10 de março de 2009