sexta-feira, 25 de maio de 2007

Quando nossos pais viraram nossos inimigos?

Acho que as relações de pais e filhos, por mais que se diga o contrário, têm um prazo de validade. Pra alguns mais cedo, outros mais tarde, mas têm. É um momento em que os pais acham que já fizeram seu papel e querem lavar as mãos. Já educaram, cuidaram, protegeram, se preocuparam, deram abrigo, comida, vacinas e palmadas e agora é hora deles aprenderem a voas sozinhos.

No reino animal não é diferente. Os leões, os macacos, as aves. Mas por que será que para alguns pais e filhos esse processo é tão complicado? Será que esses pais não prepararam direito os filhos para a vida e quando chega a hora os filhos tentam se agarrar em seus tornozelos por medo do que vão encarar? Ou será que a condição de filho é tão cômoda que nunca será fácil para ninguém dispensá-la assim tão facilmente?

Sinceramente não sei. Só sei que, no meu caso, tem sido quase um segundo parto de tão complicado. Não pela segurança, conforto e acalanto do útero, mas pela minha não compreensão sobre qual a necessidade de se forçar um filho a sair de casa sem que ele esteja preparado ainda para o mercado de trabalho. Remetendo então às perguntas anteriormente citadas: algum dia esses filhos estarão realmente preparados? Ou vão sempre procurar um meio de se manter na facilidade do ninho e arrumar um mestrado depois de se graduar?

Aos 25 anos não sou mais criança, nem de longe. Nesta minha época o mercado de trabalho está super concorrido, abarrotado de universidades despejando a cada final de período letivo uma enorme quantidade de pretensos profissionais a procura de emprego, muitas vezes seu primeiro. Como eu. Que apesar de já ter sido empresária, ter tido um bar chamado Absinto Pub, nunca fui empregada de ninguém. Não sei nem como seria. Sequer tenho carteira de trabalho, muito menos assinaturas nela. O que não é nenhum motivo de orgulho pra mim, mas, é o fato que têm sido motivo das discórdias dentro da minha casa.

Minha mãe não trabalha fora de casa desde que eu nasci, há 25 anos - metade da própria idade dela - quando ela largou o emprego de professora para se dedicar a mim. Louvável, porém um fardo. Talvez o principal motivo dela estar tornando minha vida um inferno, no intuito de me forçar a botar o “pé na estrada” e dar a “cara pra bater”. Por que será que ela não pode esperar até que eu me forme na faculdade pra isso? - O que pode acontecer daqui a menos de dois meses. Esqueci de mencionar que ainda não me formei na faculdade, certo? A qual já estou cursando a quase 7 anos. (ar de riso) Ehr... nem tudo na vida sai como nós planejamos.

O fato é que faço uma faculdade e pretendo ser alguém na vida logo! Não por ela ou pelo meu padrasto que bancou a bendita, mas por mim. Claro que faria uma pós-graduação e um mestrado se me fosse oferecido, mas não pediria, muito menos exigiria. Minha pretensão após me formar é arrumar o melhor emprego possível e tomar o meu rumo. Claro! Quem não gostaria de ser independente, de ganhar seu próprio dinheiro e não precisar pedir nada pra ninguém, nem dar satisfações? Com certeza eu gostaria e pretendo, e mais ainda, é algo que sempre quis, mas ainda não aconteceu. O que é mais frustrante pra mim que pra qualquer outra pessoa neste mundo, até mesmo pra ela que não quer apenas se ver livre de mim, mas sim que eu vença, pra ela poder provar pra todos que ela conseguiu me fazer gente.

(...)
__________________________________________________
*Texto que escrevi segunda-feira com o intuito de começar um livro. Quem sabe... =)

quinta-feira, 17 de maio de 2007

Quem sou eu?

Por que será que a cada dia me sinto mais distante das outras pessoas do mundo? Por que quando tenho problemas e converso com alguém, a pessoa sempre tira a conclusão errada da causa do meu problema?

Por que quando um dia peço da minha mãe o dinheiro que ela está guardando pra mim e ela diz pra eu pegar só parte da quantia, afirmando que usará o restante para outras finalidades. Eu fico com raiva, digo que o dinheiro é meu e já é pouco e que ela não tem o direito de se apropriar dele sem ao menos saber se eu já não o comprometi com outras coisas (eu estava pretendendo comprar um monitor pro meu computador). E ela responde que eu posso pegar meu dinheiro, mas que ela me recomendava guarda-lo e pensar bem em como eu iria me alimentar quando ele acabasse, fazendo uma menção de que ela iria me deixar passar fome se eu não poupasse meu dinheiro, pra mim ou pra ela. Eu fico arrasada, sofro, choro e penso em como acabar com essa dor. Ligo e converso com alguém. Tempos depois fico sabendo que essa pessoa com quem conversei concluiu que eu queria me matar porque minha mãe não quis comprar um monitor pra mim. ¬¬

Isso parece coerente ou obvio pra alguém? Pois pra mim não! Eu não quis me matar porque minha mãe não me deu um monitor! E nem porque não me deixou pegar todo o meu dinheiro e torrar, mas sim porque ela disse que eu ia passar fome! De novo! Ela já havia falado isso em outra briga. E eu não admito uma mãe pensar, cogitar, muito menos desejar ou espraguejar isso a um filho!

Agora por que a tal conclusão de que era por causa de um monitor? Será que eu sou uma pessoa fútil aos olhos dos outros a ponto de pensarem uma infâmia assim de mim?!? Porque só sendo MUITO fútil pra pensar em morrer porque não ganhou o que queria. E NÃO FOI o meu caso.

Sei que algumas pessoas me consideram burguesa por andar num carro do ano e morar num apartamento confortável. Mas e daí? Qual o crime nisso? O que isso prova? Que alguém ao meu redor batalhou pra bancar essas coisas. Mas se eu desabafei com essa pessoa é porque ela sabe o suficiente da minha vida pra saber que quem bancava esse conforto todo não "existe" mais, pelo menos não mais ao meu lado. E então? Por que? Porque eu não tenho muito apego a meus bens materiais e quando tenho $30 reais não me importo de gastá-los todos com amigos? Essas pessoas ao invés de se sentirem lisonjeadas por estarem na mesa a qual intitulo de “mesa dos meus amigos”, acham que estou esbanjando, ostentando, me exibindo ou que tenho sobrando??

Eu teria uma resposta simples, objetiva e até obvia pra todas essas indagações, se eu as estivesse lendo: você que está andando com as pessoas erradas! Mas será mesmo? Em um caso ou outro a gente erra. Quando o erro se torna recorrente o problema é com a gente. Mas quando os erros ainda estão num limbo?? Num meio termo entre não serem muito nem poucos o suficientes os que pensam errado de mim. Quem está errado? Eu poderia tentar fugir de uma resposta exata, já que se trata de seres humanos, e acreditar em parcela de culpa ou tentar uma estatística matemática, mas pensando nas pessoas em questão, em suas participações tão diversas na minha vida e em suas mais diversas individualidades acabo por chegar em lugar algum e tendo como resposta um ponto de interrogação maior do que o da minha própria pergunta.

Nevermind, como diria o Kurt. E olha o fim que ele teve! Será que foi a falta de respostas? Ou o excesso de perguntas? Deixa pra lá. Já fiz perguntas sem resposta demais pra um post.

terça-feira, 8 de maio de 2007

Chaplin

Já perdoei erros quase imperdoáveis,
tentei substituir pessoas insubstituíveis
e esquecer pessoas inesquecíveis.

Já fiz coisas por impulso,
já me decepcionei com pessoas quando nunca pensei me decepcionar,
mas também decepcionei alguém.

Já abracei pra proteger,
já dei risada quando não podia,
fiz amigos eternos,
amei e fui amado,
mas também já fui rejeitado,
fui amado e não amei.

Já gritei e pulei de tanta felicidade,
já vivi de amor e fiz juras eternas,
“quebrei a cara muitas vezes”!

Já chorei ouvindo música e vendo fotos,
já liguei só para escutar uma voz,
me apaixonei por um sorriso,
já pensei que fosse morrer de tanta saudade
e tive medo de perder alguém especial (e acabei perdendo).

Mas vivi, e ainda vivo!
Não passo pela vida…
E você também não deveria passar!

Viva!

Bom mesmo é ir à luta com determinação,
abraçar a vida com paixão,
perder com classe
e vencer com ousadia,
porque o mundo pertence a quem se atreve
e a vida é “muito” pra ser insignificante.

Charles Chaplin

terça-feira, 1 de maio de 2007

Provérbios

"As pessoas não mudam. Elas melhoram ou pioram dentro do que elas são."

Essa frase me abriu os olhos...