quinta-feira, 1 de março de 2012

O fim de uma relação de amor da qual resultou uma família.

Imagine-se num barco, a noite, no meio de uma tempestade.
Você se segura como dá. Tenta aguentar o quanto pode.
Muitos conseguem se segurar até a tormenta passar. Alguns ficam pelo meio do caminho, na escuridão do mar. Alguns conseguem se segurar até o fim mas nunca se recuperam do trauma.
Eu, cheguei ao ponto de achar que minhas forças estavam no fim e eu não aguentaria me segurar mais.
A cada chacoalhada eu tinha certeza que não aguentaria a próxima.
Mas palavras abençoadas, amizade, família e orações de coração aberto, rosto molhado e joelho no chão me deram força pra segurar mais um pouco.
E eis que no meio dessa confusão a tormenta começa a ceder. A tempestade começa a acalmar. E você avista o arco-íris.
Arco-íris não no sentido de clímax, mas como o ponto de convergência.
O momento em que você tem um estalo e percebe que alguma coisa mudou dentro de você. Que ainda dói, mas não enlouquece mais.
Voltando a metáfora, você percebe que não está mais fazendo força pra se segurar pois não balança mais apesar de ainda chover.
E você se solta, ainda inseguro. Para. Olha em volta. E pela primeira vez apenas sente a chuva e o frio, não mais o pavor de cair.
E aos poucos a chuva diminui e passa, mas ainda é noite. E você descansa. E um novo dia nasce. E o barco simplesmente continua a ir em frente. Nada de festa ainda. Nada de terra. Só paz.
Mas tudo a seu tempo! Não é a chegada que faz a diferença mas sim a jornada.

Até que enfim calmaria! Mas ainda mar. Aguardo pacificamente o momento de aportar. :)